A expressiva marca de mais de RS 72,4 milhões investidos na economia norte-riograndense através de financiamentos a empreendedores e empreendimentos potiguares no período de pouco mais de dois anos e nove meses. O resultado é 24,6% maior do que desempenho alcançado em todo quadriênio 2015-2018.
Ao todo, foram R$ 72.404.717,33 milhões injetados pela instituição financeira por meio das mais diversas linhas de créditos operadas e que atenderam 17.112 empreendedores desde o dia 1º de janeiro de 2019 até 1º de outubro de 2021. No período anterior, foram pouco mais de R$ 58,1 milhões investidos.
A Agência, inclusive, está próxima de superar também o número de negócios atendidos e já tem 93,3% do total apoiado no quadriênio anterior. Entre 2015 e 2018, foram 18.427 empreendedores atendidos com financiamento contra 17.195 e ainda faltando um ano e três meses para fechar o quadriênio.
O crescimento expressivo nas operações e no volume de negócios realizados ao longo dos últimos anos pela AGN se dá, segundo a diretora-presidente Márcia Maia, em razão das transformações realizadas na gestão Agência de Fomento a partir das diretrizes e do Governo do Estado, da governadora Fátima Bezerra e da própria instituição financeira de desenvolvimento.
A gestora se refere às linhas criadas para atender Agricultura Familiar, Cultura e Artesanato, Economia Solidária, Juventude Empreendedora; Colônias de Pescadores, informais e MEIs da cadeia produtiva do Turismo, bem como, a criação de uma plataforma online própria para facilitar o acesso ao crédito, ampliação de parcerias junto ao Sebrae, CDLs, Prefeituras, Associações ligadas ao setor produtivo e outras instituições para alcançar novos públicos/empreendedores, além de medidas administrativas de reordenamento de setores, redução de despesas e articulação com secretarias do Governo do Estado.
“A Agência de Fomento tem um papel anticíclico enquanto instituição financeira de desenvolvimento responsável por gerir a política pública de crédito e com participação direta no estímulo ao desenvolvimento e ao empreendedorismo no estado. Mesmo antes da pandemia, iniciamos uma série de ações gerenciais, ampliamos o espectro de atividades que a instituição atendia, melhoramos a comunicação e buscamos estar cada vez mais próximos do empreendedor, literalmente viajando o estado de ponta a ponta”, explicou a diretora-presidente.
Crédito na pandemia
Para se ter uma ideia, apenas no período entre 24 de março de 2020 - quando os primeiros decretos foram estabelecidos no RN em razão da pandemia de Covid-19 foram estabelecidos - e 1 de outubro de 2021, 10.322 empreendedores tiveram crédito concedido. O volume total de recursos injetados nesses negócios representa R$ 50,1 milhões em financiamentos.
Maria Aparecida Araújo, dona da própria loja e de um ateliê de costura em Caicó se tornou cliente da AGN para garantir capital de giro e conseguir ampliar a produção, mesmo na pandemia. "Eu não tinha capital de giro e tinha medo. Nunca tinha feito empréstimo, foi meu primeiro, comecei e vem dando certo. E esse tem o diferencial porque não tem juros. E nesse tempo que a gente tá, a gente não pode deixar de correr atrás. Mas tá melhorando, melhorando muito e esse crédito ajudou demais", afirma Aparecida.
O guia de turismo João Francisco Rodrigues, que passou meses sem poder trabalhar como gostaria devido ao impacto da pandemia de Covid-19 no setor turístico também buscou o apoio da AGN, conseguiu o crédito que precisava e saiu satisfeito com o recurso que vai ser utilizado para custear despesas e investir em divulgação a partir da retomada.
“Fiquei sabendo (do Microcrédito do Empreendedor) através da divulgação na mídia, profissionais de turismo como eu que ficaram parados devido a pandemia, poderiam ter acesso a verba que ajudaria nesse momento difícil e ecomendo muito. Depois que resolvi toda documentação necessária, o financiamento saiu. É de verdade mesmo. Recomendo e vou indicar pros meus companheiros. As coisas estão voltando e quero investir, desenvolver um trabalho melhor”, concluiu.
A diretora-presidente destaca o papel das instituições financeiras de desenvolvimento, especialmente diante do impacto da pandemia na economia do mundo todo, que se voltaram para defender seus ecossistemas de negócios e empreendedorismo. No caso do RN, exemplos como o João Rodrigues e Maria Aparecida, são apenas alguns dos milhares de empreendedores atendidos pela AGN no apoio aos negócios dos mais diferentes portes, especialmente aqueles mais sujeitos aos efeitos da crise econômica.
“Com a chegada da pandemia, redobramos os esforços em razão do caráter estratégico da nossa atuação, adotamos medidas diversas e temos dado até aqui nossa colaboração direta para mitigar os efeitos negativos causados pela pandemia do novo Coronavírus, por isso, não apenas garantimos o acesso ao crédito, como ampliamos, para oferecer liquidez para os empreendimentos, defender a continuidade dos negócios e preservar ao máximo emprego e renda em nosso estado, especialmente daqueles mais vulneráveis, como informais, micro e pequenos empreendedores”, concluiu Márcia