A Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN - Emparn
confirmou a previsão de chuvas acima da média histórica para o trimestre de
março, abril e maio próximos.
De acordo com o meteorologista Gilmar Bistrot, os
padrões climáticos indicam a ocorrência de chuvas distribuídas em todas as
regiões do Estado, sendo 479 milímetros na região Oeste, 376 na região Central,
342 na região Agreste e 533 milímetros na região Leste. Em todo o ano de 2019 a
média de chuvas foi de 840 milímetros.
"A previsão climática, a partir das condições
observadas desde janeiro deste ano indicam chuvas normais ou acima da média
histórica para o Rio Grande do Norte", afirma o meteorologista. Ele
explica que "as análises consideram parâmetros de temperatura na
superfície dos oceanos, ventos e pressão atmosférica".
Segundo Bistrot, há aquecimento no Atlântico Sul e
temperatura baixa no Pacífico e isto favorece ocorrências de chuvas no Nordeste
brasileiro nos próximos três meses. "Hoje há essa tendência",
reforçou.
A conclusão apresentada pela Emparn resulta das
análises também de meteorologistas dos principais centros de previsão climática
da região Nordeste que promoveram em Parnamirim, no mês de Fevereiro, a III
Reunião de Análise Climática para o Semiárido Nordestino - Etapa Rio Grande do
Norte.
Os especialistas fizeram o balanço dos primeiros meses
do ano, análises de modelos meteorológicos, condições atuais dos oceanos e
elaboração de boletins para o período.
A governadora Fátima Bezerra participou da
apresentação do boletim de análise e previsão climática, ocorrido no auditório
da Governadoria, e avaliou o quadro como animador. Ela registrou que o Governo
do RN tomou providências em apoio ao homem do campo como a distribuição de
sementes no período certo para aproveitar o período das chuvas.
"Inclusive", destacou Fátima Bezerra,
"este ano entregamos também sementes crioulas, que são adaptadas às
condições de clima e solo de cada região do Estado, oferecendo assistência
técnica pela Emater e apoio à agricultura familiar".
O RN é o primeiro Estado no Brasil a implantar o
sistema de aquisição e distribuição de sementes crioulas. Este ano foram
investidos R$ 600 mil na compra de grãos produzidos pela agricultura familiar.
"São produtos certificados pelo Mapa, de qualidade e com germinação
garantida. E já estamos trabalhando para ampliar as compras para R$ 2 milhões
em 2021, mais do que triplicando o investimento deste ano", informou a
Governadora.
A presença de técnicos da Paraíba, Bahia, Alagoas, Pernambuco
e do Distrito Federal no RN para tratar do clima mostra que temos uma
"integração regional dos estados que enfrentam as intempéries da seca e do
semiárido. Isto é muito bom e produtivo por que estamos somando conhecimento e
buscando soluções efetivas".
O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e da
Agricultura Familiar - SEDRAF, Alexandre Oliveira, disse que a ocorrência de
chuvas regulares "beneficia o agricultor e a produção com garantia de
colheita do milho e feijão principalmente, por que assegura a alimentação
animal e humana, o que tem forte impacto econômico e social, mantendo as
famílias produtivas. Temos no Rio Grande do Norte 60 mil cisternas e, com as
chuvas, elas serão abastecidas, irão garantir o consumo humano, a segurança
alimentar e a produção de forragem para as criações".
César Oliveira, diretor geral da Emater, afirma que a
chuva é insumo indispensável para as ações no campo. A ocorrência de
precipitações regulares anima os agricultores e movimenta a economia
principalmente para os pequenos e médios produtores".
Também participaram da apresentação do relatório o
coordenador da Defesa Civil estadual, tenente-coronel Marcos Carvalho, diretor
do Instituto de Gestão das Águas do Estado do RN - Igarn, Mário Manso, e meteorologistas dos
estados que participaram da III Reunião de Análise Climática para o Semiárido
Nordestino.
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