O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria
(PSD), é alvo de uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta terça-feira
(15) que investiga a suspeita de prática dos crimes de organização criminosa e
obstrução de Justiça por parte dele e de servidores do governo potiguar.
Segundo apuração, Robinson Faria teria tentado
comprar o silêncio de um delator da operação Dama de Espadas, que investigou a
contratação de funcionários fantasmas na Assembléia.
Os mandados de busca e apreensão tiveram como alvo a
residência do governador, no condomínio Porto Brasil, na praia de Pirangi; no
apartamento dele, na praia de Areia Preta; na Governadoria, no Centro Administrativo
do Estado; e na Assembléia Legislativa e anexos da própria AL.
Foram presos (mandados de prisão temporária de cinco
dias) Magaly Cristina da Silva e Adelson Freitas dos Reis, assistentes de
confiança do governador. A primeira foi servidora na Assembléia Legislativa
desde 1987, a convite de Robinson quando ele ainda era deputado estadual.
Antes, Magaly trabalhava como secretária na empresa da família do governador.
A operação foi denominada 'Anteros', divindade grega
que semeia a discórdia, o ódio, e prejudica a afinidade dos elementos.
Segundo a PF, a investigação mira "manobras
ilegais" para impedir investigações sobre desvio de recursos públicos por
meio da inclusão de funcionários fantasmas na folha de pagamento da Assembléia
Legislativa do estado desde 2006.
Como o governador tem foro privilegiado, as
investigações foram autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça. As ordens
judiciais foram assinadas pelo ministro Raul Araújo Filho. O caso está sob
sigilo, segundo a PF.
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