A Secretaria Municipal de Saúde de Pau dos Ferros, na
região do Alto Oeste potiguar, confirmou um caso de morte provocada por
Leishmaniose Visceral, também conhecida como calazar, de um homem de 59 anos.
De acordo com a pasta, o homem esteve internado no
Hospital Regional Doutor Cleodon Carlos de Andrade.
Em nota, a secretária de Saúde do município, Eliana
Barreto Fixina, afirmou que a Vigilância Epidemiológica pediu o prontuário do
paciente ao hospital, junto com a declaração de óbito, para confirmar a doença.
Segundo ela, a equipe foi informada pelos
profissionais plantonistas da UTI que foram colhidas amostras cujos exames
confirmaram a doença.
Além do calazar, consta na declaração de óbito como
causa da morte: falência múltipla de órgãos e infecção generalizada. A nota que
confirma o caso foi publicada neste sábado (18) no site da prefeitura de Pau
dos Ferros.
Apesar da confirmação, a pasta afirma que a nota tem
objetivo de acalmar a população, informando que não há inúmeros casos positivos
na cidade.
"Salientamos ainda, que estamos empenhados em
garantir a segurança e a saúde da população em geral, bem como dos cães de
nosso município. Pensando na melhor forma de conduzir esta questão em debate e
suas implicações, com a elaboração de novas diretrizes e estratégias de
enfrentamento da leishmaniose", informou a secretária.
CONTAMINAÇÃO
Ainda conforme a pasta, a Leishmaniose visceral é uma
zoonose crônica e é transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor
infectado.
No Brasil, a principal espécie responsável pela
transmissão é a Lutzomyia longipalpis, conhecida popularmente como mosquito
palha.
"Raposas e lobos silvestres (Lycalopex vetulus e
Cerdocyon thous) e marsupiais (Didelphis albiventris) têm sido apontados como
reservatórios silvestres", aponta a nota. No ambiente urbano, os cães
domésticos são fontes de infecção para o mosquito.
Os sintomas da Leishmaniose Visceral Humana, ainda de
acordo com a secretaria, são febre de longa duração, aumento do fígado e baço,
perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia.
Nos primeiros sinais dos sintomas, a população é orientada
a procurar a unidade de saúde mais próxima.
PREVENÇÃO
Para prevenir a doença, é indicada a limpeza periódica
dos quintais e a retirada da matéria orgânica em decomposição, como folhas,
frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo, que
é onde os mosquitos se desenvolvem.
Também é preciso destinar o lixo orgânico
adequadamente, para impedir o desenvolvimento das larvas dos mosquitos, além de
limpar os abrigos de animais domésticos e usar coleiras repelentes nos
cachorros.
O uso de inseticida feito pela vigilância ambiental é
usado, mas só é indicado para as áreas com casos notificados e confirmados.
O caso, segundo a secretária, foi notificado ao
Ministério Público e divulgado em reunião ordinária do Comissão Intergestora Regional
- que é o colegiado de secretários municipais.
O Sistema Único de Saúde (SUS) não disponibiliza
tratamento para o animal, sendo indicado o sacrifício do animal infectado, com
acompanhamento de médico veterinário.
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