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Governadora Rosalba Ciarlini encerra seu mandato amargando
problemas jurídicos e administrativos
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A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) entra nos
últimos quinze dias do seu único mandato como chefe do Poder Executivo
norte-rio-grandense e diferentemente do sentimento popular que a consagrou na
eleição de 2010, vencendo no primeiro turno, conclui a sua gestão como uma das
administrações mais desastrosas que comandaram o Estado.
Desde que assumiu o comando do governo, a médica
Rosalba Ciarlini argumentou que a herança recebida de gestão passada
prejudicaria o início de sua gestão, no entanto, passados mais de três anos de
sua posse, a situação administrativa em nível de Rio Grande do Norte é
considerada desoladora por muitos. Um dos episódios finais é a perspectiva já
anunciada pelo secretário Estadual de Planejamento, Obery Rodrigues Júnior, de
dificuldades para o pagamento da folha de servidores do Estado.
A crise permanente no governo Rosalba Ciarlini torna
inevitável a comparação com a ex-prefeita de Natal, Micarla de Sousa, que além
de desgastes políticos e administrativos, meses antes da conclusão do seu único
mandato, foi afastada do cargo por denúncias de corrupção.
Este aspecto é praticamente o único que diferencia
Micarla de Rosalba, já que durante os últimos três anos, surgiram apenas
indícios de irregularidades pontuais na gestão. Mesmo assim, reforçando o
desgaste da atual governadora do Rio Grande do Norte, tramita na Assembleia
Legislativa um processo de impeachment contra Rosalba Ciarlini, iniciativa de
sindicatos e entidades de classe com atuação no Estado.
Prestes a deixar o comando do Poder Executivo,
surgem até mesmo de forma natural, especulações em torno do futuro político da
médica Rosalba Ciarlini. O caminho mais óbvio seria a tentativa de retornar à
Prefeitura de Mossoró, no entanto, a situação da governadora no campo jurídico
não é das mais confortáveis. Hoje, ela administra o Estado por força de uma
liminar concedida pelo Tribunal Superior Eleitoral. Problemas decorrentes da
eleição municipal de 2012, em Mossoró, ocasionaram ações na Justiça Eleitoral.
Esta semana, o vice-procurador geral Eleitoral, Eugênio José Guilherme de
Aragão emitiu parecer em torno dos processos que envolvem a ex-prefeita Cláudia
Regina e a governadora Rosalba Ciarlini.
No caso de Cláudia, o parecer recomenda a manutenção
do afastamento, acrescido da inelegibilidade por oito anos. Em relação à
Rosalba Ciarlini, a cassação foi descartada, mas recomendou inelegibilidade por
oito anos. Os treze processos que tratam da sucessão de 2012 em Mossoró, estão
prontos para serem apreciados e, em se mantendo o parecer emitido pelo Eugênio
José Guilherme de Aragão, a atual governador Rosalba Ciarlini, pelo menos para
os próximos oito anos, pode se considerar alijada de processos eleitorais
futuros.
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