O Rio Grande do Norte atingiu o pico da pandemia do
novo coronavírus, de acordo com os dados da Vigilância Epidemiológica da
Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
A informação foi dada pela sub-coordenadora do órgão,
Alessandra Lucchesi, na entrevista coletiva desta quinta-feira (25), para
apresentação dos números da Covid-19 e prestação de contas das ações do Governo
do Estado.
A especialista informou que nas duas últimas semanas
os casos confirmados vêm crescendo e a ocupação de leitos críticos tem ficado
sempre acima de 80%.
"O cenário mostra que estamos no pico da
pandemia. É preciso atenção redobrada. O Governo continua realizando testes e
já enviou a todos os 167 municípios o total de 88.440 testes rapidos fornecidos
pelo Ministério da Saúde", afirmou Alessandra.
Os testes do tipo RT-PCR são aplicados em pessoas
acima de 60 anos de idade, com comorbidades, pessoal da saúde e segurança
pública.
Já os testes rápidos, se aplicam para quem sentiu
sintomas há até sete dias e está há três dias sem manifestá-los. O estoque de
testes rápidos disponível nos municípios é de 28.994 unidades.
O acompanhamento da pandemia pela Sesap também revela
a redução do distanciamento social para 39,8%, muito abaixo do recomendado
pelas autoridades sanitárias, de 60 a 70%.
A taxa de transmissibilidade, ou seja, para quantas
pessoas cada contaminado transmite, variava entre 1,9 e 2,1, mas atualmente
está em 0,6.
"Abaixo de 1 é uma taxa razoável. Mas é preciso
que esta taxa se mantenha assim por um período de, pelo menos, sete a dez
dias", afirmou Alessandra Lucchesi.
A sub-coordenadora alerta para que as pessoas fiquem
atentas a sinais como febre ou desconforto respiratório ao fazer atividades
rotineiras, como tomar banho ou subir escadas. Quem tiver estes sintomas deve
buscar atendimento nas unidades de saúde nos bairros e UPAs.
Sobre os demais dados, foi informado que a taxa de
ocupação de leitos Covid no RN hoje é de 96%. Na região Oeste, o índice chega a
97,9%, enquanto em Pau dos Ferros e Guamaré atinge 100%.
Na região metropolitana de Natal o número chega a
97,2%; no Seridó, 86,25%. Nos hospitais públicos e privados há 750 pessoas
internadas, sendo 376 em leitos críticos.
A fila de regulação tem 84 pacientes aguardando um
leito crítico, mais 37 esperam leitos clínicos e 25 aguardam transporte
sanitário.
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