quarta-feira, 1 de maio de 2013

CÂMARA DE VEREADORES DE NATAL APROVAM INSTALAÇÃO DE POSTOS DE COMBUSTÍVEIS EM SUPERMERCADOS

Os vereadores da Câmara Municipal de Natal (CMN) aprovaram ontem, na terceira tentativa, o projeto de lei que permite a instalação de postos de combustíveis nos supermercados e hipermercados da cidade. Além de todas as facilidades para apreciação da matéria – dispensa de tramitação, votação em turno único – ao contrário dos dois anos anteriores, quando a proposta apresentada em plenário foi rejeitada pela maioria dos parlamentares, o placar desta vez ficou amplamente favorável. O painel eletrônico registrou 21 votos favoráveis, cinco contrários, além de três ausências no momento da votação. Era necessário ter maioria simples. O autor da proposta, vereador Fernando Lucena (PT), afirmou não ter conhecimento sobre a mudança de posicionamento de muitos parlamentares, veementes críticos da proposta até poucos dias. “Eu não sei. Mas o fato é que conseguimos quebrar esse monopólio. Ganha a sociedade natalense”, disse.
Coube aos vereadores George Câmara (PCdoB), Bertone Marinho (PMDB), Paulinho Freire (PP), Rafael Motta (PP) e Maurício Gurgel (PHS) a voz da divergência. Amanda Gurgel (PSTU) optou por se abster, Franklin Capistrano (PSB) foi a ausência justificada e Adão Eridan (PR) deixou o plenário no exato momento da votação. O placar eletrônico acabou não registrando a posição do parlamentar do PR. George Câmara fez duras críticas ao projeto e argumentou que autorizar multinacionais a comercializarem combustíveis na cidade prejudica o empresário local. “A questão é a defesa da economia local. Não vou defender empresas internacionais, que tudo quanto conseguem enviam para fora do país”, opinou o parlamentar. Paulinho Freire e Maurício Gurgel também lamentaram não haver cuidados do ponto de vista ambiental e de segurança do trabalho no projeto. Eles consideram a proposta de Fernando Lucena “cega”.
Criticado
O grupo de vereadores que em outras oportunidades optaram por se posicionar contrários à matéria e desta vez foram veementes apoiadores se defendiam como podiam. O bispo Francisco de Assis (PSB), por exemplo, afirmou que foi criticado pela Igreja Universal do Reino de Deus, onde congrega, por ter sido contrário ao projeto nos anos anteriores. “O meu pastor reclamou, os irmãos reclamaram, lá tem muito carro, né? Decidi mudar”, justificou Francisco de Assis.
Os três vereadores da bancada de esquerda defenderam que a reestatização da Petrobras seria a única forma de baratear, de fato, o preço dos combustíveis e de o consumidor pagar um preço justo. “Não vou votar contrária porque não vou defender cartel, mas não vou dizer também que estou satisfeita com essa discussão”, disse Amanda.

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