A alarmante quantidade de sinistros recentemente registrados nas rodovias federais e estaduais que cortam o RN provocado por animais pautou uma intervenção feita pelo deputado estadual George Soares (PR) no plenário da Assembleia Legislativa, em Natal.
Diante dos dados estatísticos, o parlamentar foi enfático: algo precisa ser feito para atenuar o problema que tem ceifado várias vidas em todas as regiões do Estado.
O que motivou o deputado a expor o problema na Assembleia foi o acidente fatal registrado dias atrás no município de Ipanguaçu e que vitimou o estudante Felipe César, de 21 anos de idade.
O adolescente faleceu após colidir violentamente numa motocicleta com um jumento que estava por sobre a malha asfáltica da RN-118. "É preocupante o número crescente de acidentes que têm a participação de animais nas BRs e RNs", alertou o deputado.
George Soares ilustrou sua fala com dados que lhe foram fornecidos pela superintendência estadual da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pela direção estadual da Polícia Rodoviária Estadual (PRE). A PRF informou que, de 2010 até 2012, o crescimento de acidentes envolvendo animais nas rodovias federais registrou crescimento de 14%. Só em 2012 o órgão federal promoveu a captura de 1.566 animais perambulando pelas vias rodoviárias do Estado.
Número de acidentes cresceu 17,7% no último ano
A estatística de acidentes de 2011 para 2012 expandiu 17,7%. Só em 2011 foram identificados oficialmente 169 sinistros exclusivamente decorrentes de colisões com animais. No ano seguinte (2012) este quantitativo pulou para 199 ocorrências do gênero. "Este é o quadro altamente preocupante e é preciso que se faça alguma coisa para que esta situação não se mantenha ou cresça", ponderou o deputado do PR.
O parlamentar considera inadiável que a administração estadual possa instituir uma ferramenta a fim de fazer frente a tal cenário. Considera urgente que o Estado adote um programa de conscientização e controle na soltura dos animais em vias públicas.
"É preciso, por exemplo, que possamos ter um programa permanente de captura desses animais", opinou. Essa ação, explicou, contaria com a participação direta de órgãos como a Emater e o Idiarn, vinculados à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape).
REGISTRO
Tais organismos cuidariam de todo um trabalho voltado para o registro de identificação de todos os animais e seus proprietários. "Esta providência auxiliaria a identificar o dono do animal causador de um eventual acidente, porque depois [do sinistro] na maciça maioria dos casos ninguém sabe a quem o bicho pertence e não se tem condição de responsabilizar esta pessoa", esclareceu o parlamentar republicano, sentenciou, concluindo.
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