O Governo do Estado publicou ofício em que orienta aos diretores e gestores do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran/RN) a observarem o ponto dos servidores em greve. Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Direta e Indireta do Rio Grande do Norte (Sinai/RN), o ofício é datado de 14 de maio e só agora chegou às secretarias.
"Já sabíamos da existência desse ofício como uma forma de pressionar os servidores a terminarem a greve e retomarem as atividades. No entanto, em maio, os salários foram pagos normalmente. Agora, o Governo do Estado volta a ameaçar os funcionários em greve. Antes, o sindicato não podia fazer nada porque não tínhamos o ofício. Agora, a assessoria jurídica irá ingressar com uma ação preventiva para garantir o direito de greve", afirma Hermes Oliveira, coordenador regional do Sinai/RN.
Hermes explica que os deputados estaduais ficaram de intermediar a negociação com o Governo do Estado, mas nada ainda foi feito. "Na manhã de hoje (ontem), o comando de greve se reuniu com o ministro Garibaldi Filho que também ficou de intermediar. Logo após, ele ligou para confirmar que a governadora irá receber o comando, ficando somente de marcar data e horário", destaca.
Uma reunião de negociação já está marcada para o dia 25 deste mês. "Não colocamos muita fé nessa reunião porque foi marcada por uma assessora e já foi desmarcada duas vezes. Agora estamos esperando que a governadora realmente nos chame para negociar. Isso porque ao contrário do que divulga, a administração estadual diz estar aberta ao diálogo, mas ainda não lançou uma proposta", explica.
"A greve continua. Os trabalhos estão sendo feitos, mas com muitas dificuldades. Estamos esperando que o Governo do Estado nos chame para conversar. Apesar das ameaças, os servidores não recuaram. Para essa semana, estamos planejando algumas atividades como visita à Câmara Municipal de Mossoró (CMM), campanha de doação de sangue e campanha de arrecadação de alimentos para serem doados ao Instituto Amantino Câmara", diz Hermes Oliveira.
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