quarta-feira, 12 de junho de 2013

SE A MODA PEGA: PROFESSORES MUNICIPAIS DE JUAZEIRO DO NORTE NO CEARÁ PARALISAM AS ATIVIDADES

Os professores da rede municipal de Juazeiro do Norte, no Sul do Ceará, decidiram em assembleia geral da categoria entrar em greve por tempo indeterminado. O primeiro dia de paralização ocorre nesta quarta-feira (12), em protesto contra projeto de lei aprovado na Câmara Municipal que reduz a remuneração da categoria.
De acordo com a mudança, a gratificação por regência de classe que corresponde a 40% sobre o salário base de R$ 783, passa a ser de 30%. A sessão que aprovou a lei ocorreu em meio a protesto dos professores. A Polícia Militar foi chamada à Câmara Municipal para evitar um possível tumulto.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Juazeiro do Norte (Sinsejun), Marcel Alves de Oliveira, a lei aprovada também elimina outros benefícios. "A lei aprovada dá brecha para que o prefeito altere o plano de cargos e carreiras dos professores por meio de decreto, bem que seja apreciado pela Câmara Municipal". A nova lei prevê também que outros 2.300 servidores possam perder gradativamente esse bônus, além de 220 professores que perdem o benefício de imediato.
A lei aprovada também reduz o nível de aumento salarial por tempo de carreira. Antes da aprovação, cada professor recebia automaticamente um aumento de 5% no salário a cada três anos no serviço público, um bônus por tempo de carreira.
Com a mudança, o aumento a cada três anos passa para 3%. "Uma preocupação extra é com os professores que estão afastados das salas de aula por doença e que agora perdem a gratificação de regência de classe. Tem professor com redução de R$ 900 no salário", explica.
O Ministério da Educação estabelece o valor de R$ 1.567,00 como piso para docentes. Em Juazeiro do Norte, somando as gratificações, os professores recebem R$ 2.193,00. A Secretária de Educação, Célia Viana, diz que a redução é necessária. “Nós precisamos fazer um reajuste nessa folha porque, como está, está sendo impossível pagar. A gente reconhece que, em certa parte, está atingindo os nossos servidores, mas a gente precisava mesmo rever isso”.

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