Jumentos poderão ser transferidos para São Paulo |
A polêmica
envolvendo a criação ou o abate dos jumentos recolhidos pelas polícias
rodoviárias nas estradas que cortam o Estado conquistou destaque nacional,
tendo sido divulgada pelos grandes veículos de comunicação do País, fato que
tem sensibilizado muita gente, já que o animal tem bastante valor cultural,
principalmente para o povo nordestino.
Sensibilizado
pela reportagem exibida pela Rede Globo de Televisão acerca do almoço oferecido
pelo promotor da 2ª Promotoria da Comarca de Apodi, Sílvio Brito, com o
objetivo de desmistificar o consumo da carne de jumento por humanos, o
empresário residente no Estado de São Paulo, Eduardo Alves da Cunha, entrou em
contato solicitando o contato com a presidência da Associação de Proteção aos
Animais (APA) revelando o seu desejo de ajudar e se disponibilizando a levar
alguns jumentos para duas de suas fazendas localizadas em Minas Gerais e em São
Paulo.
Segundo ele,
o fato o sensibilizou bastante e surgiu a ideia de transferir os animais de
Apodi para o Sul do País, onde pretende mantê-los em suas propriedades.
"Em minhas fazendas já existem alguns animais, especialmente cavalos,
cujos proprietários não tinham mais interesses em criá-los. Minha ideia é levar
os jumentos e abrigá-los", disse.
Sobre o
transporte dos animais, Eduardo afirmou ainda não ter pensado em como o fará e
que pretende debater com a APA de Apodi uma melhor solução para a
transferência. "Ainda não entrei em contato com o presidente da APA, mas
pretendo fazer isso nos próximos dias. Quero conversar bastante e esclarecer
alguns pontos, como, por exemplo, o que é preciso para cuidar dos animais,
sobre o transporte, a quantidade", revelou.
O presidente
da APA, Eribaldo Nobre, disse que aguardará o contato de Eduardo Alves.
Toda a
polêmica gerada em torno do consumo da carne de jumento tem servido para
levantar o debate em torno de duas problemáticas: a retirada dos animais soltos
nas estradas sendo responsáveis por vários acidentes de trânsito, inclusive com
vítimas fatais; e o segundo onde alojar e o que fazer com os asininos apreendidos.
O impasse tem de um lado o promotor da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de
Apodi, Sílvio Brito, defendendo o abate dos jumentos; e do outro os
ambientalistas e parte da população que não concordam com essa atitude seja por
questões culturais, ou por defesa à vida dos animais.
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