A presidenta Dilma Rousseff anunciou ontem, em Feira de Santana, na
Bahia, a prorrogação do pagamento do Bolsa Estiagem para agricultores do
Semiárido nordestino. O benefício de R$ 80 mensais é pago a agricultores
familiares que vivem em municípios em situação de emergência ou calamidade
pública reconhecida pelo governo federal. Uma resolução do começo de janeiro
previa o pagamento do benefício até abril. O Ministério da Integração Nacional
ainda não tem informações sobre o prazo da nova prorrogação.
“Quero
anunciar hoje que prorrogamos o Bolsa Estiagem para que as pessoas tenham
condições de passar por esse período de transição da seca para chuva sem sofrer
solavancos na sua vida”, disse Dilma durante cerimônia de entrega de máquinas a
municípios baianos.
O auxílio,
segundo Dilma, é parte das medidas do governo para garantir o que chamou de
“segurança social” para a população de regiões que convivem com a seca. A
presidenta também listou o programa de construção de cisternas, que deve chegar
a 1 milhão de unidades até o fim de 2014, como uma das ações para minimizar o
impacto da estiagem no semiárido nordestino.
Dilma
destacou melhorias nos indicadores sociais das regiões Norte e Nordeste nos
últimos anos e disse que os brasileiros não podem “voltar atrás” em relação às
políticas públicas que beneficiam os mais pobres. “Não vamos voltar atrás.
Tenho certeza de que o povo brasileiro não vai retroagir, desistir disso que
conquistamos: a maior redução da desigualdade social do nosso país, a maior criação
de empregos que o Brasil teve nos últimos anos”, avaliou.
“Passamos
pela crise garantindo emprego, sem adotar medidas tradicionais que significaram
sempre que a conta era apresentada para o trabalhador, para o pequeno produtor,
para a classe média do país”, acrescentou.
Além do
programa de cisternas, a presidenta disse que o governo investe nas grandes
obras de infraestrutura hídrica na região, entre elas a integração do Rio São
Francisco, ramais, canais e adutoras em vários estados no Nordeste. “É possível
conviver com a seca, é direito do cidadão que mora no semiárido, não é favor do
governo. É essa mudança de postura, de afirmação de cidadania, que faz a
diferença”, disse.
Número
80 reais é o
valor do Bolsa Estiagem pago pelo governo federal aos agricultores
familiares do Semiárido
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