O reajuste varia para residências e indústrias, por exemplo. |
A conta de
energia elétrica poderá chegar mais cara às casas dos potiguares a partir do
dia 22 deste mês. O percentual do reajuste anual sobre a tarifa deverá ser
definido no próximo dia 15, durante reunião da área de regulação econômica da
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). De acordo com informações da
Agência, a proposta de reajuste tarifário anual encaminhada pela Cosern
considera um índice de 17,69%, mas esse valor poderá mudar.
O peso do
reajuste varia de acordo com a classe de consumo. Há o grupo em que se incluem
as residências e que representa cerca de 99% dos clientes da concessionária.
São os consumidores de baixa tensão. Por outro lado, existem as indústrias e
empresas comerciais, que são consumidores de alta tensão.
Conforme a
agência, o processo de reajuste começa com o cálculo de um percentual médio por
parte da Cosern, agregando as duas classes de consumo. A concessionária envia
essa proposta a Aneel, que então analisa os cálculos remetidos, tomando por
base informações como a variação de custos que a empresa teve no decorrer do
período de referência.
De acordo
com a Aneel, a fórmula de cálculo inclui custos típicos da atividade de
distribuição, sobre os quais incide o Índice Geral de preços do Mercado (IGP-M)
e o Fator X (índice fixado pela Aneel na época da revisão tarifária), além de
outros custos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como
energia comprada de geradoras, encargos de transmissão e encargos setoriais. Os
índices aprovados são o máximo que as empresas podem praticar.
A Aneel
informou ainda que a data prevista para a reunião da área de regulação
econômica da Agência poderá ser alterada, mas até o dia 21 deste mês a nova
tarifa terá que estar definida para começar a vigorar no dia 22.
A Cosern
comunicou através de sua assessoria que a Aneel é quem estabelece o reajuste, e
no caso da companhia, como distribuidora, cabe repassar o reajuste definido
pela agência aos consumidores no dia 22 de abril.
Anteriores
Em 2012, a
Aneel aprovou um reajuste médio de 6,43% para as tarifas de energia cobradas no
Rio Grande do Norte. Na época, o aumento ficou abaixo dos 11,39% propostos pela
Cosern. Para os consumidores de baixa tensão, o aumento aplicado foi de 6,05%.
Já para os de alta tensão, a alta foi de 7,35%, em média.
Já em 2013,
o potiguar sentiu no bolso um reajuste médio de 3,42% na tarifa residencial.
Para a indústria, consumidora de alta tensão, a alta foi de 7,33%.
A Aneel
informou em 2013 que a queda do nível dos reservatórios no país, em função da seca,
motivou os reajustes. Isso porque o Operador Nacional do Sistema Elétrico
(ONS), que coordena e controla a geração e transmissão de energia elétrica no
Brasil, foi obrigado a acionar as usinas térmicas, que geram uma energia mais
cara às distribuidoras e, consequentemente, ao consumidor final.
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