Novembro de 1987 - Eduardo Campos (esq.) deixa a casa do deputado Ulysses Guimarães em São Paulo ao lado de seu avô, o então governador do Pernambuco, Miguel Arraes |
De família
tradicional na política em Pernambuco, o ex-governador Eduardo Campos, 49 anos,
nasceu no Recife em 10 de agosto de 1965. Ele era casado e pai de cinco filhos.
Filho de Maximiliano Arraes e da ex-deputada federal e ministra do Tribunal de
Contas da União Ana Arraes, Campos se formou em economia na Universidade
Federal de Pernambuco, onde atuou como presidente do Diretório Acadêmico da
Faculdade.
O contato
com a política começou cedo, em 1986, quando trabalhou ativamente na campanha
que elegeu seu avô, Miguel Arraes, ao governo de Pernambuco. Na época, Campos
tinha apenas 21 anos. Quatro anos depois, em 1990, ele se filiou ao PSB.
Em 1994, com
apenas 29 anos, foi eleito deputado federal, cargo para o qual foi reeleito em
1998 e em 2002. No início do terceiro mandato como deputado, Campos se
aproximou do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ajudando a mobilizar a
base governista para aprovar a Reforma da Previdência.
Eduardo Campos posa para foto em 2005, quando era ministro da Ciência e Tecnologia do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva |
Em janeiro
de 2004, foi nomeado por Lula ministro de Ciência e Tecnologia, onde trabalhou
pela aprovação da lei que autoriza pesquisas com células tronco
embrionárias. Em 2006, Eduardo Campos
foi eleito governador de Pernambuco em primeiro turno, com mais de 60% dos
votos válidos e foi reeleito, em 2010, com 83% dos votos válidos.
A gestão à
frente do estado foi marcada pelos esforços em modernizar industrialmente a
região. Durante a maior parte dos dois mandatos, Campos apoio os governos de
Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.
Em 2013, ele
passou a reforçar críticas ao governo de Dilma, especialmente com relação à
gestão da economia e a aliança com o PMDB. Em 18 de setembro do ano passado, o
PSB entregou os cargos no governo federal, inclusive o comando do Ministério da
Integração, e passou a se posicionar de forma independente nas votações. A
decisão de se afastar do governo e lançar candidatura própria motivou a saída
do partido e filiação ao PROS do governador do Ceará, Cid Gomes, e do irmão
dele, Ciro Gomes.
Em outubro,
Eduardo Campos se aliou à ex-senadora Marina Silva na disputa presidencial,
após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitar o registro da Rede
Sustentabilidade, partido que ela tentava criar para concorrer às eleições. Em
4 de abril deste ano, Eduardo Campos renunciou ao governo de Pernambuco para se
dedicar à campanha para a Presidência da República.
Em 28 de
junho, em aliança com outros cinco partidos, o PSB oficializou a candidatura de
Campos à Presidência e de Marina Silva à vice-presidência. Na campanha, Campos
e Marina apresentaram uma série de propostas, como escola em tempo integral,
passe livre para estudantes de escola pública e disseram ser possível reduzir a
inflação para 3% até 2018.
Pesquisa
Ibope, encomendada pela TV Globo e divulgada na última quinta-feira (7),
apontava Campos em terceiro lugar na disputa, com 9% das intenções de voto.
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