Diante da paralisação de parte dos servidores da
segurança pública do Rio Grande do Norte, o Governo do Estado solicitou ao
Governo Federal, nesta quarta-feira (20), um incremento no número de policiais
da Força Nacional e o apoio das Forças Armadas para atuar no território
potiguar.
No documento, direcionado ao Ministro de Estado
Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República,
general Sérgio Westphalen Etchegoyen, o governo argumenta que o movimento
iniciado por servidores da segurança do Estado tem comprometido a normalidade
do serviço público oferecido por essas categorias.
Desde esta terça-feira (19), a maior parte do
efetivo da Polícia Militar do Rio Grande do Norte não tem saído para trabalhar
nas ruas. Trata-se de um protesto dos PMs, por causa dos atrasos salariais que
vêm acontecendo há meses no estado.
Nesta quarta (20), a Polícia Civil e os agentes
penitenciários também aderiram ao movimento. Os agentes, delegados e escrivães
da polícia estão trabalhando em regime de plantão. Os agentes penitenciários
entraram em greve e os presídios estão sendo operadas com efetivo reduzido.
Desde a manhã desta terça (19), um supermercado
sofreu um arrastão e dois bancos foram alvo de criminosos. Na tarde desta
quarta-feira dois arrastões foram confirmados nos dois maiores centros
comerciais de Natal: Alecrim e Cidade Alta. Por volta das 15h várias lojas
fecharam as portas, houve pânico e correria de clientes.
Na Saúde Pública o serviço também está comprometido.
Os centros cirúrgicos de dois hospitais de Natal, o Hospital Ruy Pereira e o
Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, foram fechados. Isso porque os enfermeiros
também paralisaram suas atividades em virtude dos pagamentos atrasados.
O governador Robinson Faria foi até Brasília para
tentar, junto à União, conseguir dinheiro para pagar os salários de novembro e
o 13º salário dos servidores do Estado. Contudo não há confirmação sobre quando
o monte estará disponível, bem como não se sabe quanto de dinheiro será
disponibilizado.
TERCEIRA
VEZ
Essa é a terceira vez que o atual governo solicita
ajuda à Forças Armadas. Em agosto de 2016, 1.200 militares do Exército e da
Marinha vieram para o RN para auxiliar no patrulhamento das ruas. O pedido foi
feito pelo governador após uma série de ataques criminosos a ônibus e prédios
públicos desencadeados com a instalação de bloqueadores de celulares nos
presídios do Estado.
Em janeiro deste ano, o governo voltou a pedir
reforço das Forças Armadas. Militares do Exército, Aeronáutica e Marinha
atuaram nas ruas de Natal e de cidades da Grande Natal, com o objetivo de
coibir novas ondas de ataques a ônibus. Dessa vez os ataques começaram após a
rebelião de Alcaçuz.
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