A Secretaria Estadual de Educação (Seec) decidiu
ontem cortar o ponto dos grevistas do Sindicato dos Trabalhadores em Educação
Pública do Rio Grande do Norte (Sinte/RN). Em nota oficial na tarde do primeiro
dia de paralisações dos educadores, a Seec criticou os grevistas e afirmou não
haver motivos para a suspensão das atividades.
A Secretaria citou ainda algumas reivindicações da
categoria atendidas pelo governo, como o reajuste de 8,32% para professores
ativos e inativos, a alteração do porte das escolas e a concessão de uma letra
a todos os professores (a chamada "promoção horizontal"), e,
questiona caráter político das atitudes do Sinte.
Coordenador do Sinte, Rômulo Arnaud afirma que o
governo está tentando desmoralizar a categoria e ferindo um direito
constitucional dos trabalhadores, o direito à greve.
"É um absurdo. O governo querer acabar com a
greve através de ameaças. Isto é um desserviço à educação do Estado. O discurso
usado de que nossas atividades têm fins políticos é ridículo. Fizemos a maior
greve da história do Rio Grande do Norte em 2011, ano em que não houve eleição
alguma. A categoria não faz greve olhando o calendário eleitoral, fazemos
quando é preciso", disse.
Rômulo Arnaud destaca que, se necessário, a
categoria irá recorrer à intervenção federal e até mesmo a órgãos
internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), para
pressionar o Governo a cumprir os acordos firmados em 2013.
"Na greve passada, o governo entrou com pedido
de ilegalidade contra a categoria, pedido que foi negado porque a Justiça
entende que a greve é um direito do trabalhador e que nós estamos lutando por
uma educação de qualidade", disse o coordenador, que reafirma o convite à
população para que se integre ao movimento grevista.
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