Choveu
150 mm de sexta-feira (19), até o final da manhã de sábado (20), em Mossoró,
segundo registros da Estação Meteorológica da Universidade Federal Rural do
Semiárido (UFERSA). A maior chuva registrada na cidade este ano, foi também uma
das dez maiores dos últimos 110 anos, como informa o meteorologita e professor
da Ufersa, José Espínola.
Ele conta que possui dados referentes aos
registros pluviométrcos em Mossoró que datam de 1903 até agora. Conforme esses
dados, em apenas sete dias espalhados durante estes anos, choveu mais de 100 mm
na cidade em apenas um dia.O volume de chuvas de sexta para sábado é quase cinco vezes maior que o acumulado de janeiro a 18 de abril, que totalizou apenas 32 mm. Além de Mossoró, outras cidades também registraram chuvas: 110 mm em Tibau, 100 mm em Apodi, 119 mm em Caraúbas e 130 mm em Upanema.
Mesmo informando que esse quadro pode ser
passageiro, José Espínola comemora os registros do final de semana.
Açude em Caraúbas sangrou |
Na
Zona Oeste da cidade a falta de energia elétrica se manteve por cerca de quatro
horas da sexta-feira para o sábado, gerando transtornos ao trânsito e em
setores do comércio. No mesmo local, operadoras de telefonia celular tiveram
problemas na emissão do sinal impedindo o registro de ligações e tráfego de
dados. No centro da cidade alguns pontos tiveram alagamento e árvores caíram
com a força do vento.
As
chuvas que caem em boa parte do Rio Grande do Norte foram motivadas por uma
frente fria que se estende por parte da Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e
Piauí. A previsão é de que as chuvas se estendam hoje e amanhã. No último boletim emitido pela Emparn, referente às 7h da quinta-feira até as 7h de sexta-feira, Mossoró se apresentava com o maior acúmulo pluviométrico: 47 milímetros. Serra do Mel, Alexandria, Caraúbas, Upanema, Janduís, Baraúna e Apodi também apareciam com boas precipitações.
Alteração
climática diminui efeitos da estiagem prolongada
As
chuvas que caem desde a última quinta-feira na região ajudam a diminuir os
efeitos gerados pela estiagem prolongada. Além da redução da temperatura, que
caiu uma média de 5 a 7 graus na maioria das cidades, e em Martins alcançou 16
graus, as precipitações ajudam a recompor as reservas em vários municípios, que
viram reservatórios transbordarem.
Repetindo
o cenário de poucas chuvas verificado no decorrer do ano de 2012, os primeiros
meses deste ano foram marcados por poucas chuvas em praticamente todo o Rio
Grande do Norte. Segundo a Emparn, as condições não favoráveis referentes ao campo da temperatura das águas do oceano Atlântico até o mês de março, confirmam as previsões de chuvas abaixo da média para o período.
As
chuvas apresentaram desvios negativos em todas as microrregiões com os maiores
desvios concentrados na região Oeste do Estado.
Na
análise da chuva acumulada até março é observado que em média no Estado o
desvio absoluto é de 248,4mm e que o maior desvio está na microrregião de Umarizal
com -324,8mm.
Casos
isolados são verificados na região serrana. Major Sales (375.6), Martins
(373.4) e Serrinha dos Pintos (319.5) contabilizam o maior acúmulo de chuvas
para o período de 1º. de janeiro de 2013 até o dia 19 de abril.
No
mesmo período, as cidades de Currais Novos (2,2), Jundia (2,5) e Lajes Pintadas
(3.3) mantinham os menores índices de precipitações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário